Usinas mantém protocolos rígidos anti-Covid 19

Quando, em março de 2020, as notícias de que a contaminação por Covid 19 estava se alastrando também pelo Brasil, e os primeiros casos confirmados apareceram no Espírito Santo, todas as empresas se viram diante de um grande desafio no cuidado com a saúde de seus colaboradores. Para muitas, o home office (com os funcionários trabalhando pela internet, em casa) foi o caminho mais rápido e eficiente para o controle. 

Mas, e quando as operações não permitem esta estratégia de distanciamento? O Brasil não poderia ficar sem luz, pois é um serviço essencial, e as usinas da Tevisa e Linhares Geração mantiveram suas operações continuamente, com todos os profissionais que trabalham para garantir a geração de energia, mas em turmas reduzidas na operação e com o setor administrativo em casa. Era hora de repensar protocolos de segurança e saúde e reposicionar o papel do setor de Recursos Humanos (RH), com agilidade e assertividade.

“Caiu como uma bomba para todos, né? Nas usinas não foi diferente, tínhamos um grande desafio. Adotar novos protocolos é algo complicado, fazer com que todos integrem regras em suas rotinas requer um esforço individual e coletivo. No caso do coronavirus, o protocolo precisava extrapolar os portões das empresas, regras a serem cumpridas pelas famílias, pelas pessoas próximas a cada colaborador. Como vantagem, tínhamos a nosso favor o fato das usinas já terem como cultura operacional uma série de outros protocolos de segurança e o DDS (Diálogo Diário de Segurança). Partimos desse princípio, e fomos fundo”, revelou a analista de RH, Ana Célia Passos.

No dia-a-dia, passou a integrar o EPI, o álcool 70º e a máscara. Os procedimentos de entrada começaram a contar com um formulário de preenchimento diário para acompanhamento da saúde dos trabalhadores e suas famílias.  Um médico do trabalho foi contratado ainda no primeiro semestre de 2020 para ajudar a orientar e atender os colaboradores. O refeitório ganhou turnos para grupos pequenos com higienização nos intervalos. O tema Covid e as ações para evitar a contaminação se tornaram pauta recorrente na comunicação interna. O RH inseriu na rotina meios de se aproximar ainda mais de cada funcionário e se colocar como um canal disponível e aberto para ajudar. 

“A empresa adotou uma postura de incentivar os cuidados com todos os sintomas dessa pandemia, dos primeiros sinais de gripe aos de ansiedade. Qualquer um que tivesse com sintoma parecido com os do Covid, ou tivesse tido contato com alguém que apresentou os sintomas, era orientado a ficar em casa e a realizar o exame, por conta da empresa . Só retornava às atividades com o resultado negativo. Nos casos que tivemos positivo, toda a equipe era afastada e também fazia o exame. E desde o começo da pandemia, aprendemos a aumentar a proximidade, mesmo que de forma virtual ou por telefone, com muita conversa e aconselhamento”, relata Ana Célia.

Mesmo com todos esses cuidados, uma pequena proporção de funcionários testaram positivo nas duas usinas. Os demais afastamentos do trabalho foram preventivos. “A empresa vem sendo proativa em relação à preocupação com a saúde dos funcionários e incentivando que todos sejam transparentes em relação aos sintomas e contato com alguém com sintomas. Eles sabem que podem contar com nosso apoio! Temos que cuidar uns dos outros e falar a verdade é uma arma poderosa para evitarmos o pior, que é espalhar o vírus para os colegas de trabalho. Felizmente, podemos dizer que tivemos adesão de 100% dos colaboradores aos protocolos”, descreve a Gerente de RH, Izabel Bittencourt.

Foi um número reduzido de doentes, sinal que o protocolo tem funcionado. Mas, apesar do esforço de todos, dentro e fora das usinas, tivemos a perda do o Gerente de Manutenção da Linhares Geração, João Carlos Soares Ferreira, este ano de 2021, em decorrência de complicações geradas pelo vírus. A pandemia continua e temos conversado muito com todos das usinas de que não é momento de relaxar. Mesmo quem já está vacinado precisa manter os protocolos em dia”, destaca Ana Célia.

“Sentimos muito esse luto de tantas mortes no mundo, e a perda do João, mas estamos firmes no enfrentamento e fazendo tudo o que temos ao alcance para diminuir riscos e salvar vidas. Recentemente, iniciamos também a campanha interna de vacinação contra a gripe, por exemplo, e tivemos alto índice de adesão. Isso se relaciona, pois caso alguém venha a ter algum sintoma gripal, mesmo tendo tomado essa vacina, é um sinal de alerta maior. E a mensagem que temos que continuar martelando é: cuidem-se! E vamos manter o propósito de cuidarmos uns dos outros”, conclui Izabel.

(Publicada em 18/06/2021)

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