O Projeto

A construção da usina durou 17 meses. As obras de terraplanagem, ou groundbreaking, começaram em junho de 2009 e o comissionamento (first smoke) – etapa de verificação dos sistemas do empreendimento para garantir a qualidade, teve início em outubro de 2010. Em dezembro, uma semana antes do prazo contratual, a UTE LORM entrou em operação comercial e, em janeiro, a energia passou a ser distribuída.

Foram investidos R$ 160 milhões de capital próprio e R$ 190 mi de financiamento estruturado. À época do leilão, o estudo da Empresa de Pesquisa Energética indicava que o nível médio de operação da usina era de 2 semanas por ano. Estimava-se que o despacho efetivo fosse mais elevado, alcançando uma média de 2 meses por ano e, em casos extremos, 4 meses por ano.

No entanto, em seu primeiro ano operacional, a UTE LORM operou por 2 semanas, mas desde maio de 2012, o despacho tem sido praticamente contínuo e a previsão é que assim se mantenha.

O aumento do nível de despacho é reconhecido como estrutural, significando que o modelo operacional da usina sofreu uma alteração material, deixando de ser um empreendimento 100% flexível complementar à geração hidráulica e transformando-se em uma termelétrica que opera na base (base load).

Essa mudança é consequência, em parte, da redução do preço do gás natural nos Estados Unidos em decorrência do aumento da produção de gás não convencional. A diminuição no valor do combustível afetou diretamente o indexador do preço do gás pago pela UTE LORM e, consequentemente, o custo variável unitário (CVU) de sua energia gerada. Como reflexo, a expectativa de despacho da UTE LORM aumentou.

Por outro lado, a elevação do patamar de operação da usina é também consequência do aumento do preço da energia no Brasil, devido à mudança de metodologia de cálculo do custo de operação do sistema.

Soma-se a isso, a redução do volume de água nos reservatórios das hidrelétricas que faz com que as termelétricas flexíveis sejam despachadas com maior frequência a fim de suprir déficits de energia nos períodos de pouca chuva ou causados pela variação sazonal do consumo.

Desde sua instalação, a Linhares Geração vem promovendo iniciativas voltadas ao aprimoramento da estrutura regulatória existente e sua adequação ao novo cenário de geração termelétrica. Em paralelo, com o objetivo de aumentar a disponibilidade e a confiabilidade operacional da UTE LORM, a companhia também investe na capacidade de geração e infraestrutura da usina, bem como na capacitação de seus funcionários e no aprimoramento de seus processos administrativos e gerenciais.